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Errante

"Por mais soberana que a a minha mente se torne, o meu coração será para sempre vagabundo"

17
Jan15

Estádio ou estadio - uma dúvida que me atormentava há já algum tempo

anpatriciaa

«E porque é que o diagnóstico é, tantas vezes, feito num estado já avançado? Infelizmente porque a doença quando dá sintomas é num estadio já bastante avançado. Habitualmente em estadios já metastáticos [...]».

Entrevista à oncologista Ana Castro sobre as neoplasias do pâncreas, SIC Notícias, Edição da Manhã, 26 de março de 2014, 9h32

Além das duas vezes acima referenciadas, a palavra "estadio" foi repetida mais cinco no decurso da conversa. Ora, pelo menos dicionarizada, estádio, sem acento, não existe. O que existe é estádio, uma palavra proparoxítona e, como tal, acentuada na antepenúltima sílaba,  significando «fase» ou «etapa».

De realçar que o jornalista questionou a entrevistada sobre as razões pelas quais a doença – no caso o cancro do pâncreas – é quase sempre detetada num estado já avançado. Apesar de não serem sinónimas, ali pode estar indiferentemente estado ou estádio, porque o contexto semântico da frase assim o permite. A doença é diagnosticada numa fase (estádio) mais avançada, ou numa situação (estado) de gravidade já avançada.

Ainda que os dicionários de termos médicos que consultámos não a incluam, constata-se, porém, com alguma frequência, entre os oncologistas, o uso da palavra  "estadio" (aqui e aqui, por exemplo) com o mesmo significado de estádio, pelo que é possível que este "estadio" provenha de estadiamento (as diferentes fases de evolução do cancro), palavra por sua vez formada a partir do verbo estadiar. Não é ainda de excluir que na origem deste (mau) uso possa estar envolvida alguma analogia fonética com estadia e/ou até mesmo com pousio.

 

fonte: http://www.ciberduvidas.com/pelourinho.php?rid=2922

12
Nov13

Gráfico dependência x danos físicos de 20 drogas recreativas

anpatriciaa

source: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Rational_scale_to_assess_the_harm_of_drugs_(mean_physical_harm_and_mean_dependence).svg. (o artigo original não pode ser lido gratuitamente :\...

 

 Este gráfico é interessante, a primeira coisa que me salta à vista é a comparação entre o nosso amigo etanol e cannabis, LSD e ecstasy, sendo que se considera que estas 3 últimas drogas apresentam menor risco, quer de dependência quer de danos causados ao seu utilizador. 

 Ora, não me tomem por nenhuma alcoólica, mas a verdade é que tenho um consumo mais ou menos regular, entre uma e outra festa da faculdade e no entanto, se alguém me oferecesse algum LSD eu certamente afastar-me-ia com um ar assustado, de olhos bem abertos e do género "don't touch me".

 Interrogo-me se falta aqui informação complementar, com quantas pessoas foi este estudo realizado e se foi aleatório, não podemos comparar o vicio e danos fisicos de um bando de adolescentes que fuma numa cave aos fins de semana com um homem que passou os últimos 40 anos da sua vida a beber de forma excessiva e completamente irracional. De qualquer forma acho este assunto interessante, a ver se investigo quando tiver mais tempo...

07
Nov13

"Apesar de ser apenas mais um dia normal (...)"

anpatriciaa

"(...) E não ter acontecido nada de especial,

Hoje sinto a boa vibe e nada me corre mal

Ainda bem que há dias assim."  - Boss ac

 

 Citando o Ac, hoje foi, de facto, "apenas mais um dia normal", fiquei na biblioteca até às 15h40, hora a que fui alugar uma bata porque me esqueci da minha na residência e não quis fazer má figura, e fui para a única aula prática do dia, Microbiologia. A primeira coisa que fizemos, como sempre, foi o teste semanal, que podia ter-me corrido melhor, já que me deu uma branca na pergunta que creio valer mais, mas sem stress, que não há-de ser nada... De seguida o prof. disse as notas do teste anterior. O meu nome é o antepenúltimo na lista, pelo que o suspanse quase que matou, até que ele diz "Ana Palmeiro... 19". Fiquei num extâse interior, sei que a minha nota pouco significa, nem para o meu conhecimento, porque não entendo assim tanto de microbiologia, nem no papel, já que constitui menos de 1/14 de 12% (ou seja menos de 0,86%) da nota final do tronco comum IIa). (damn, que negativismo, não devia ter feito estas contas xD).

 Depois de uma aula em si agradável (descobri que gosto de estar num laboratório de microbiologia) e de ter falado com algumas pessoas, chego ao refeitório e a comida é deliciosa (ver foto abaixo, sim, eu sou daquelas pessoas tristes que tiram fotos à comida, muito hipster...).

 

07
Nov13

Introvertida vs Extrovertida

anpatriciaa

 

 

 

Ao longo dos meus 19 anos sempre me senti insatisfeita com a minha vida social. Recordo os meus 13 anos, passados numa emigração em Inglaterra e vem-me de novo a ânsia de não conseguir conectar melhor com os meus, na altura, "peers", aquela impressão que ninguém me conhecia de verdade, de tão dificil que é saberes quem és no meio de tantas caras, todas com tantas histórias de fundo como as que tu tens e que não se vêem quando se olha alguém de relance. Os anos foram passando, e nestas alturas ninguém dá muita importância a estes problemas, é normal os adolescentes terem dificuldade na sua adaptação, é a tal fase em que nos descobrimos, e temos sempre a ideia de que tudo será perfeito mais tarde. Ora foi no meu 10º ano, já em Portugal, que escrevi uma "too do list" (e agora que penso nisso nem era uma lista, mas um texto corrido...) que colei na parede do meu quarto, e entre as várias ideias constava, "Stop thinkig tomorrow will be a better day". Compreendo que à primeira leitura esta frase pareça desencorajadora, mas não é a essa a sua essência, passarei à sua explicação: Tenho tendência a viver numa fantasia, as coisas correm mal e eu desculpo-me com um "para a próxima será diferente", mas a verdade é que não é bem assim, e certos acontecimentos têm tendência a repetirem-se. Atenção, não estou a falar de um "o teste correu mal, vou ter má nota", aí, claro, o correcto a fazer será admitir que é normal e que para a próxima teremos o mais brilhante 19,9 que aquele professor já viu, refiro-me aqueles hábitos que se repetem desde que me lembro, refiro-me à frustração de não me sentir conectada com as pessoas, ao difícil que é saberes quem és no meio de tantas caras, que não é nem um bocadinho mais fácil, apesar dos meus já 19 anos, apesar da quantidade de caras e experiências com que me deparei, apesar de já ter vivido sozinha durante um ano, apesar de fazer o meu máximo para abrir a minha mente e explorar novos horizontes. Continua a parecer tão distante como alguma vez pareceu.

 

  

 

 Interrogo-me se sou introvertida, interrogo as pessoas que melhor conheço e que não achem muito estranha a minha pergunta, as opiniões variam. A minha mãe mantêm firme esta ideia, e diz que terei simplesmente de me aceitar como sou, os amigos acham que sou super social e alguns até descontraída. A do descontraída não concordo nem um bocado, devo ser das pessoas mais tensas que conheço e sinto-me vermelha e atrapalhada quando posta em "check mate", mas a ideia da expressão agrada-me; quem me dera a mim ser descontraida. É para mim arquétipo de perfeição, aquela pessoa sempre confiante, que está sempre numa boa e integrada em qualquer lugar, que inspira confiança nos outros. E é aqui que se vê o meu problema, tenho um ideal de pessoa fixo, ao qual não me adapto, ou seja, fico aquém dos meus ideais, destruindo a minha auto-estima. Continuo com a dúvida, "o que me define?", e encontro uma frase na internet que ajuda:

 

"Remember, though, that no one is all introvert or all extrovert. Introverts attend wild parties, and extroverts curl up with their favorite books. As the psychologist Carl Jung put it, "There is no such thing as a pure extrovert or a pure introvert. Such a man would be in the lunatic asylum."

 

Sou uma mistura, uma que talvez tenda para a introversão. Mas claro, não preencho todos os requisitos, veremos algumas características introvertidas minhas:

 

1) Adoro conhecer pessoas novas, mas de facto sinto-me muito mais feliz num grupo pequeno do que no meio da multidão, onde mesmo no meio dos meus amigos sou invadida por uma solidão imensa.

2) Adoro falar em público e sempre surpreendi nas apresentações orais pela minha aparente confiança, mas realmente prefiro estas do que ter que falar cara a cara com as pessoas, ou seja, ao contrário do que me parecia, uma apresentação oral nem será um desafio para a maioria dos introvertidos, já que é uma actividade, embora disfarçada, solitária e que não necessita de interacção directa com ninguém, está-se a falar para um público, um único, e não para um certo número de espectadores individuais.

3)Sempre preferi desportos individuais, saber que alguém teria que me passar a bola atormentava-me, lembro o "Só me passam às vezes porque são meus amigos"

4) Encontro numa lista que um sinal de introversão é: "Networking (read: small-talk with the end goal of advancing your career) makes you feel like a phony" e digamos que este é apenas um dos meus maiores medos em relação a esta minha personalidade. Se há coisa útil no mercado de trabalho é conseguirmos "vender o nosso peixe" e, apesar das minhas notas, aparento sempre não ser muito inteligente, o que é péssimo até dizer chega e me tem vindo a atormentar, especialmente na faculdade, no secundário, os professores conhecem-te e basta teres boa nota nos testes que estás safo, mas aqui, digamos que as minhas notas das práticas ficam sempre aquém porque eu aparento sempre não fazer a mínima ideia do que estou para ali a fazer.

 

Coisas da vida... Termino este post de forma aberta, continuo sem saber quem sou, mas talvez seja mesmo assim que se deve viver, na ignorância que nos permite manter a ânsia de tentar ir mais longe. Quem sabe se até as aparentes pessoas confiantes têm destas coisas... (?)

 

source: http://www.huffingtonpost.com/2013/08/20/introverts-signs-am-i-introverted_n_3721431.html

28
Out13

:)

anpatriciaa

 Passei a manhã a tentar estudar fármaco, é tão difícil! Entretanto comecei a ouvir uma gravação que alguém havia gravado da prof., mas que fixe! Dá para ouvir e voltar a ouvir as partes mais importantes, dá para relembrar aqueles toques de lógica que os livros falham em transmitir, a forma de unir os pontos que são a teoria. De repente, eram 11 horas. Planeava baldar-me às teóricas de manhã, mas a aula das 12h era de SNA, a tal matéria de farmacologia que me anda a dar voltas à cabeça, decidi ir e gravar eu a aula, não vá a pessoa que gravou as anteriores não o fazer desta vez... Bem, cheguei 10 minutos atrasada, porta barrada, damn! Ia estudar para o aquário, mas estava demasiado cheio e quente, então fui para a biblioteca do 6º piso (desta vez fui de elevador, evitei os 132 degraus xD). Quanto cheguei, constatei que me havia esquecido dos fones, damn, outra vez! Estudo estragado, não me apetece ler mais o livro nem as sebentas. Fui perguntar ao senhor da biblioteca se alugavam fones, ele riu-se e disse que nunca tinha pensado em investir nisso, mas que parecia uma boa ideia. Agradeci e fui sentar-me, passado um pouco ele veio ter comigo com uns fones já antigos, e pediu-me pra ver se funcionavam. Voilá, servem perfeitamente a sua função. Fiquei feliz, o senhor foi muito querido. Lembrei-me de Santiago, um episodio semelhante aconteceu-me com o senhor lá da biblioteca da USC- medicina. Fiquei com saudades, foi um bom ano. Ocorreu-me que daqui a uns anos a cara desse senhor de Santiago se apagará da minha memória. Uma cara que eu tão bem conhecia, por vê-lo praticamente todos os dias, entre um olá ao inicio da tarde e um adeus aquando do fecho da biblioteca às 21h30...

 

fotografias: ano passado em Santiago de Compostela (aii, a saudade!)

12
Ago13

Alguns planos para o meu futuro....

anpatriciaa

1) Este mês divertir-me muuuuuito quando for na minha road trip com o P.  ♥


 

 

2) Em Setembro vou mudar de casa com 2 raparigas, tendo no ano passado vivido sozinha vai ser a minha primeira vez a partilhar casa. Espero que seja uma experiência enriquecedora!

 

 

3) Em Setembro vou começar a tirar a carta, planeio fazer o código antes do Natal, fazer uma pausa de 2 meses para me concentrar nos exames e depois tirar a condução. No Verão espero já poder dar umas voltinhas no carrinho do papá... Como será que vou conduzir? Sou tão trapalhona, espero que por milagre tenha um talento inato! * Get off the streets bitches!* 

 

 

4) Estudar muuuuuuuuuuuuuuuuuito. A ver se consigo subir a minha média para 8. (8.5 era perfeito mas é quase um sonho impossivel xD)

 

 

5) No 4º ano fazer Erasmus para Alemanha! (Já estou entusiasmada e ainda faltam 2 anos!)

 

 

 

Obs: Nenhuma das imagens é da minha autoria.

 

27
Mai13

sou mesmo uma namorada fixe

anpatriciaa
"O meu amor por ti cresce de forma exponencial em função do nº de horas que estudas." -> 1ª função que deves representar no gráfico 1.

"O meu amor por ti cresce de forma logaritmica (base 10) em função do nº de coisas fofinhas que fazes por mim." -> 2ª função que deves representar no gráfico 2

(A ÚNICA dificuldade na representação destes gráficos é saber o que representar no eixo das abcissas e o que representar no eixo das ordenadas. Para tal tens que ter em mente que no eixo y se representa a VARIÁVEL DEPENDENTE e no eixo dos x a VARIÁVEL INDEPENDENTE.)

pergunta 1. Qual é a forma + rápida de fazeres o meu amor por ti crescer, sendo fofinho ou estudando matemática?
pergunta 2. Qual é o limite, quando x-> +oo do meu amor por ti quando estudas matemática. 

pergunta 3. E quando és fofinho?
pergunta 4. Qual é lim x->0 do meu amor por ti quando estudas matemática?
pergunta 5. Calcula as assimptotas do gráfico que representa o meu amor por ti em função das coisas fofinhas que fazes por mim.

15
Mai13

Caenorhabditis Elegans

anpatriciaa

 

 Hoje apresento-vos a Elegans, que é uma espécie de minhoca de 1 mm, que tem sistema nervoso, reprodutor e digestivo. É útil para estudos genéticos, sendo 30% do seu genoma igual ao dos humanos, ao contrário da rã Xenopus, que sendo tetraploide seria um péssimo modelo genético, mas voltando à Elegans... Devem ter reparado que é florescente, e verde! Bem, em 2008, 3 cientistas ganharam o prémio Nobel da Química por descobrirem nela a GFP (leia-se green florescent protein), esses senhores foram  o Chalfie, o Tsien (leia-se com um sotaque chinês) e o Shimomura.  

 A Elegans ainda foi útil em 2002, valendo ao senhor Brenner o prémio Nobel da Fisiologia por descobrir as caspasas...

 

(Oh, as coisas que uma miuda tem que decorar para Introdução à Investigação...)

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