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Errante

"Por mais soberana que a a minha mente se torne, o meu coração será para sempre vagabundo"

07
Mai12

coisas que temos que fazer

anpatriciaa

- andar de teleférico ✔ (Expol, 2011, um dos nossos primeiros encontros...)

- almoçar/jantar num restaurante "chique"

- ir ao Jardim Zoológico

- vires passar um fim de semana comigo 

- ir comer ao chinês ✔ (2013)

- comer pizza num restaurante

- passar um dia na praia ✔

- um passeio de bicicleta ✔ (tantos...)

- viajar juntos para o estangeiro

- vires ter comigo e passarmos uns dias como "adultos" 

- vermos o filme "Bigfish", "The Shining"...

- irmos aquela aldeia no Alentejo no Verão ✔ (Verão 2013, a voltar para aprendermos mais umas coisitas!) 

- passearmos no teu carro 

- ir ao cinema à noite (será que aguentamos um filme de Terror?)

- tirar fotografias numa "photo-booth"

- acampar ✔ (Verão 2013)

- ver a saga completa do Harry Potter

- ver o filme "fight club" (2013)

 

 

 «não precisa de ser perfeito, se for com você já será inesquecível»

 

(imagens retiradas da internet)

24
Jan12

o pior adjectivo

anpatriciaa

Não estou satisfeita com a minha vida académica, os exames estão-me a correr pessimamente, embora tenha andado a estudar razoavelmente. Sim, as minhas palavras incriminam-me de imediato, "razoavelmente não chega", dirá quem ler, "a universidade não é o secundário, para alcançar bons resultados, não te podes ficar por ler uma sebenta ou resumos, tens que ter sede do conhecimento, querer saber porquê, como, quando, onde."

Sento-me numa cadeira do auditório, abro o molho de folhas que se encontra a minha frente, leio a primeira questão, faço uma tímido circulo em torno de uma alínea e passo para a próxima, não sei a resposta, faço um ponto de exclamação gigante ao seu lado, que contém em si todo o o desespero, descrença e desilusão que sinto face a mim mesma, "não estudaste o suficiente. É bem feita.", penso para mim. Enquanto volto a pé para casa penso "Mereço os resultados que obtenho, colho o que semeio" e neste caso, semeei mediocridade. Será esta a palavra que melhor representa a imagem que de mim mesma tenho: medíocre, e devo dizer que tal é muito, mas muito triste.

 

08
Jan12

2012

anpatriciaa

 Diria que o meu objectivo para 2012 será "settle down". Sei que este objectivo facilmente poderá ser interpretado como um grave erro que cometo, uma prova de fraqueza até; desisto do meu sonho de entrar em medicina. Será que é a decisão acertada? Diz-se que devemos sempre querer mais, não aceitarmos o contentamento, sonhar sempre ir mais além. Mas dizem-nos também para vivermos cada dia como se fosse o último, já que o objectivo principal das nossas vidas será sermos felizes com o que temos. Assim, convenço-me que o meu curso não é mau de todo e que até se ajusta ao meu protótipo de vida, já que não me agradam horários complicados e não tenho grandes necessidades económicas, não sou seduzida por marcas francesas de calçado nem por carros topo de gama. 


 Decidi que vou começar a ser uma estudante muito aplicada, vou ler a matéria antes desta ser leccionada nas aulas (e tentar não pairar pelo ar e pensar em mil e uma coisas enquanto que o professor(a) explica o que eu deveria estar a ouvir) e ir estudando ao longo do semestre. Vou ter aulas de yoga, que sempre me agradou e deixar de levar as coisas tanto a peito. Vou reduzir o tempo que passo na internet, e tentar fazer coisas mais úteis, que me trarão alguma realização. Resumidamente, sim, vou assentar, e sim, talvez seja uma desistência. Mas podemos sempre examinar a situação por outro ponto de vista, e definir que foi uma simples mudança de percurso.

 Acredito que às vezes não há decisões certas ou erradas, mas sim a decisão X e a Y, e qualquer que seja a nossa escolha... sobrevivemos.

Feliz 2012!

 

 

 

09
Set11

nada se move

anpatriciaa

 

 

Há notícias capazes de transformar

O mais tórrido Verão num gelado suspiro

É como se me beijasses com carinho

Só para depois, feita a mentira, seguires caminho

Sem aviso dar,

É como se retirassem, de mim, a minha pele

E a frieza se tornasse a minha identidade,

Há sonhos e esperanças, que só servem

Para cairmos em profundos abismos

Quando a realidade à porta nos bate.

Há noticias assim, que nos trazem o frio de gélidas zonas

Que nos tornam imóveis, que param corações que tão fortemente bateram

Quando a mesma circunstância era vista de outra perspectiva

Quando a força abatia o medo,

Quando me beijavas presente,

Quando eu sonhava, e lutava para vencer,

Hoje tenho frio, frio e mais frio,

O vento corre, estou ao relento,

Nada em mim se aguita, o coração não bate,

O meu olhar, outrora ávido e feliz, é lento, lento, lento,

Nada se move.

 

fotografia: Palmela, 2011

09
Set11

universidade

anpatriciaa

Recebo um telefonema, oiço, "Filha, tenho más notícias". Descubro que é tarde para as inscrições em Espanha (inscrevi-me em Junho, mas correu mal por falta de informação), ou seja, apesar de os exames me terem corrido bem, não será este ano que descobrirei o mundo e a minha independência. Os resultados de Portugal, sei-os dia 19, mas tenho a certeza que não entrarei, já que a minha média está uma vergonha. E eu dei o meu melhor...

 Digamos que, neste momento, estou afogada nas minhas lágrimas, tenho vontade de me esconder num local escuro e de lá não sair, não consigo aceitar a claridade do dia, imagino os olhos brilhantes e grandes das pessoas que, com um sorriso me perguntarão, "Então, conseguiste?",  a forma como farão uma cara preocupada ao ouvir a minha desolante resposta, e as palavras encorajadoras, embora vazias, que me dirão a seguir, "És boa aluna, para o ano consegues".

 Não, não consigo, corre sempre tudo mal. Isto tudo por uma inscrição mal feita, por malditas burocracias.

 Vou chorar, e chorar, e chorar, até que as lágrimas sequem e reste apenas um vazio gigante onde um dia o meu coração com força bateu.  Neste momento, estou morta por dentro, nada me exalta, não tenho quaisquer esperanças, sinto-me sem absolutamente nada, como que despida perante um mundo de reis com capas. Não resta em mim qualquer felicidade.

Declaro a minha desistência.

 

fotografia: Palmela, 2011

08
Set11

...

anpatriciaa

 

 É fácil caminhar quando se tem amigos à volta, sentimo-nos seguros e confiantes, mas quando estamos sozinhos, os caminhos são inexplicavelmente mais longos e parece que todos nos olham, intimidadores, de cima a baixo . Seguindo este tipo de raciocinio, creio ser altura de ir viver sozinha, entrar na universidade num pais diferente. Quero crescer como indivíduo, descobrir (ou construir) a minha identidade, livre de confortos que são, afinal de contas, amarras.

 

(Madrid, 2011)

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