Nasceu na localidade de São Martinho de Anta, em Vila Real a 12 de Agosto de 1907.[3][4][5] Oriundo de uma família humilde de Sabrosa, Sabrosa, era filho de Francisco Correia da Rocha e Maria da Conceição de Barros.
Em 1917, aos dez anos, foi para uma casa apalaçada do Porto, habitada por familiares. Fardado de branco, servia de porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava o pó, polia os metais da escadaria nobre e atendia campainhas. Foi despedido um ano depois, devido à constante insubmissão. Em 1918, foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais da sua vida. Estudou Português, Geografia e História, aprendeu Latim e ganhou familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois, comunicou ao pai que não seria padre.
Emigrou para o Brasil, em 1920[3], ainda com treze anos, para trabalhar na fazenda do tio, proprietário de uma fazenda de café em Minas Gerais.[6] Ao fim de quatro anos, o tio apercebe-se da sua inteligência e patrocina-lhe os estudos liceais no Ginásio Leopoldense, em Leopoldina.[3][7] Distingue-se como um aluno dotado. Em 1925, convicto de que ele viria a ser doutor em Coimbra, o tio propôs-se pagar-lhe os estudos como recompensa dos cinco anos de serviço, o que o levou a regressar a Portugal e a concluir os estudos liceais.[1][3]. Ama a cidade de Leiria, onde exerce a sua profissão de médico, a partir de 1939 e até 1942, onde escreve a maioria dos seus livros. Em 1933, concluiu a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra.[3] Começou a exercer a profissão nas terras agrestes transmontanas, pano de fundo de grande parte da sua obra. Dividiu seu tempo entre a clínica de otorrinolaringologia e a literatura.
origem: wikipédia
Nota: Acima está essencialmente descrita a sua infância e adolescência, que foi o que mais me interessou, haverá mais informação relevante acerca da sua vida.
No último hotel em que fiquei nesta semana de férias, um solar em Bragança, estava um livro, cujo titulo não me recordo, com fotografias das várias regiões do Douro, e com excertos e poemas do Miguel Torga. Pouco sabia sobre este autor, pelo que fui pesquisar, a título da curiosidade. Achei a sua vida muito intrigante, é assustadora a mudança de paradigmas que ocorreu. Como as pessoas cresciam mais rápido antigamente! Imagine-se ir trabalhar aos 10 anos, emigrar aos 13 sem os pais para ir trabalhar, mesmo que com familiares... Achei ainda engraçadíssima a sua "constante insubmissão", este senhor parece ter sido uma pessoa muito inteligente e interessante!