Recordo uma conversa que tive este ano sobre este preciso tema, em que uma colega disse que assistiu a um paciente que entrou no consultório do médico e este, sem tirar os olhos do computador diz, "Sente-se". Quando levanta os olhos vê que o paciente está numa cadeira de rodas...!
Esta noite acompanhei a minha avó a uma consulta de urgência no hospital de S. José. Calhou-nos um médico daqueles que te mandam entrar, fazem-te esperar 10 minutos (eu contei) enquanto falam com uma colega, examinam a paciente de uma forma desinteressada enquanto continuam a conversa e acabam com um "Já está, tem um descolamento da gelatina , compre 2 caixas de comprimidos, tome 1 por dia. Pode passar ao outro olho, se passar volte cá. Pode sair".
Não quero entrar na conversa, "Ah e tal, querem médias de 19 e depois temos médicos péssimos em termos humanísticos", porque esta já todos ouviram, e podemos contra-argumentar com o facto do senhor ter, talvez, estado a trabalhar há muitas horas, tenha tido um dia horrível ou com o facto de um hospital não ser exactamente um hotel, um médico mal educado mas que cura a pessoa fez o seu trabalho (será?!).
Em Santiago, no 2º ano de faculdade temos uma disciplina chamada "Comunicação", que, como o nome indica, visa ajudar os futuros médicos a lidar com os pacientes. Há profissionais que talvez não perdessem muito em reler as sebentas desta disciplina. ..